(Autoria: Roberto Issa Junior)
Bem-vindos à minha estreia aqui no blog do meu grande amigo Paulo Sá. Escreverei sobre música, falando de música erudita, jazz, blues, rock e heavy metal, gênero que é tido por muitos como “música ruim”, e que é “só barulho”. Entretanto, o que poucos sabem, é que o metal absorveu muitos conceitos da música de concerto, incorporando linhas de Vivaldi, Bach, Beethoven, entre outros compositores, em suas composições. Sim, podem acreditar! O heavy metal, a música dos cabeludos que se vestem de preto e que balançam a cabeça freneticamente, tem em sua estrutura influências da música clássica. Mas as explicações para esse “fenômeno” serão dadas numa próxima postagem.
Música e cinema
No momento, gostaria de comentar a respeito da música erudita e a sua presença em outra linguagem musical muito específica: a das trilhas sonoras cinematográficas.
Por mais que as pessoas já tenham ouvido falar à respeito do termo “cinema mudo”, referente aos primórdios da sétima arte, na passagem do século XIX para o XX, o cinema, na verdade, nunca conseguiu caminhar sem a companhia do som. Nas apresentações públicas das películas em teatros, era comum um pianista ou uma pequena orquestra tocarem enquanto o público se divertia com as cenas dos filmes sendo rodadas na tela. A foto mais abaixo nos dá um retrato disso: uma pequena orquestra acompanhando um filme mudo de Charles Chaplin.
A presença do som e da música, propriamente dita, no cinema, tornou-se, com o passar dos anos, elemento intrínseco à arte cinematográfica. É impossível, hoje, imaginarmos um filme sem uma música acentuando situações e/ou emoções.

Hans Zimmer e suas famosas notas musicas
As trilhas sonoras do cinema são hoje peças primordiais para a divulgação e sucesso comercial da obra cinematográfica.
O compositor que vem traçando um caminho de sucessos, criando trilhas musicais de alta qualidade, atestadas pela crítica e aplaudidas pelo público, é Hans Zimmer.
Hans Florian Zimmer nasceu em 1957, na cidade de Frankfurt, Alemanha. Iniciou sua carreira em 1977, tocando piano na banda pop Krakatoa. Em 1978, fez parte do The Buggles, grupo representativo da new wave, onde ficou só por um ano. No ano seguinte, conheceu o baterista do Ultravox, Warren Cann, quando tocaram juntos como músicos de apoio da cantora neozelandesa Zaine Griff. A parceria de Zimmer e Cann, então, começa e, em 1989, apresentam um projeto de música eletrônica, chamado Helden. Em 1993, lançam o álbum “Spies”, onde todas as músicas foram compostas e gravadas por sintetizadores. Mas Zimmer ainda buscava algo mais complexo, já que vinha de formação clássica. Então, em 1984, compôs sua primeira trilha sonora para o filme O sucesso é a melhor vingança.
Seu primeiro êxito
Em 1988, alcança seu primeiro êxito com o tema de Rain Man, que foi indicado ao Oscar. É o segundo compositor de trilhas sonoras agraciados com prêmios, com 110 prêmios, só perdendo para John Williams, com 112.
Entre as trilhas premiadas estão Gladiador (vencedor do Globo de Ouro, melhor trilha sonora), Rei Leão (vencedor do Globo de Ouro e do Oscar, melhor trilha sonora). Outras trilhas compostas pelo músico que merecem destaque são: Príncipe do Egito, Sherlock Holmes, Dias de Trovão, Hannibal, O Último Samurai, A Rocha, Pearl Harbor, Anjos e Demônios, além das franquias Cavaleiro das Trevas, Madagascar, Piratas do Caribe e Kung Fu Panda.
Além disso, foi o responsável pela composição do tema da última copa do mundo de futebol, realizada na Rússia em 2018.
Uma boa indicação para conhecer melhor suas obras é o show Live in Prague, de 2017, no qual toca vários instrumentos e é acompanhado por uma orquestra com 72 músicos. O compositor mostra vários de seus temas dos filmes aqui citados.
Espero que tenham gostado da dica de hoje. Nos veremos em breve, quando falarei de assuntos e artistas não muito conhecidos, mas que vocês deveriam conhecer.
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