

Livro: um produto de fetiche?
Na história da humanidade, a descoberta de novas tecnologias sempre foi um dos principais objetivos do ser humano. A roda e o fogo, por exemplo, foram uma das primeiras e são, até hoje, consideradas essenciais.
Uma terceira, também bem antiga e não menos importante, foi a imprensa, criada por Johanes Gutenberg (1400-1468), inventor e gráfico do Sacro Império Romano-Germânico. Seu sistema mecânico de tipos móveis foi determinante para a implementação da imprensa, tendo grande importância na difusão das ideias da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica.
É fascinante a história da escrita impressa e notar como possibilitou a divulgação em massa de periódicos e livros (como exemplos, a Bíblia, o Alcorão e textos literários).

Aldo Manuzio — Editor. Tipógrafo. Livreiro, de Enric Satué é um livro que narra a trajetória de um dos maiores editores da história do livro. Aldo Manuzio, de 1500 a 1515, editou cerca de cento e cinquenta títulos inovando o modo de fazer livros. Entre suas invenções e criações estão a letra cursiva, o formato de bolso, as coleções temáticas e os conselhos editorais.
Diante desse panorama histórico, não é a toa que o livro impresso ainda cause tanto encanto nos leitores. Digamos que se perpetra nele um valor cultural mágico, que representou, durante séculos, o grande agregador do entretenimento e da difusão das novas ideias.
E-book, por que não?
O leitor tradicional continua ainda resistente ao livro digital. Mas por quê?
Sim, concordo que é muito bom ter um livro físico, bem editado e com boas imagens. Mas o livro eletrônico também pode apresentar esses mesmos atributos citados e outros mais, como áudio e vídeo, interação com outras mídias, além de controle e ajuste de brilho, cor e tamanho da fonte.
Então, qual é a grande dificuldade, ou teimosia, em ler o livro digital? Ah!… seria a ausência daquele “cheirinho do papel” que tantos leitores argumentam?
Bem, um ponto mais do que positivo a favor do e-book que ninguém deverá discordar é a sua contribuição na democratização e na socialização da leitura.
Há diversos sites que disponibilizam conteúdos gratuitos no formato digital, tais como: www.dominiopublico.gov.br; www.amazon.com.br; www.obrasraras.sibi.usp.br; www.googlebooks.com.br; www.books.scielo.org; entre outros.
só 1 dos fatores positivos: a leitura em qualquer lugar. Fila do ônibus, metrô e em lugares escuros.